Texto-3
–Antonio Conselheiro e Canudos
A Guerra de Canudos é tida como um dos principais
conflitos que marcam o período entre a queda da monarquia e a instalação do
regime republicano no Brasil. No entanto, antes de sabermos maiores detalhes
sobre a formação do Povoado de Canudos e o início das batalhas, devemos
contemplar algumas passagens da vida de seu principal líder: Antônio
Conselheiro.
Nascido na vila de Quixeramobim, no interior do
Ceará, Antônio Vicente Mendes Maciel cresceu em uma família de padrão de vida
mediano. Durante sua infância teve uma educação diversa que lhe ofereceu
contato com a geografia, a matemática e as línguas estrangeiras. Aos vinte e
sete anos, depois da morte de seu pai, assumiu os negócios da família. Não
obtendo sucesso, abandonou a atividade. Na mesma época, casou-se com uma prima
e exerceu funções jurídicas nas cidades de Campo Grande e Ipu.
Com o abandono da mulher, Antônio começou a vaguear pelo sertão nordestino. Em seguida, envolveu-se com uma escultora chamada Joana Imaginária, com quem acabou tendo um filho. Em 1865, Conselheiro abandonou a mulher e o filho e retornou à sua peregrinação sertaneja. Nessas andanças, começou a construir igrejas, cemitérios e teve sua figura marcada pela barba grisalha, a bata azul, sandálias de couro e a mão apoiada em um bordão.
Com o abandono da mulher, Antônio começou a vaguear pelo sertão nordestino. Em seguida, envolveu-se com uma escultora chamada Joana Imaginária, com quem acabou tendo um filho. Em 1865, Conselheiro abandonou a mulher e o filho e retornou à sua peregrinação sertaneja. Nessas andanças, começou a construir igrejas, cemitérios e teve sua figura marcada pela barba grisalha, a bata azul, sandálias de couro e a mão apoiada em um bordão.
Nessa época, sob a perspectiva de alguém influenciado pelas contrariedades pessoais e os problemas socioeconômicos do sertão, Antônio Conselheiro iniciou uma pregação religiosa defensora de um cristianismo primitivo. Defendia que os homens deveriam se livrar das opressões e injustiças que lhes eram impostas, buscando superar os problemas de acordo com os valores religiosos cristãos. Com palavras de fé e justiça, Conselheiro atraiu muitos sertanejos que se identificavam com a mensagem por ele proferida.
Desde o início, autoridades eclesiásticas e setores dominantes da população viam na renovação social e religiosa de Antônio Conselheiro uma ameaça à ordem estabelecida. Em 1876, autoridades lhe prenderam alegando que ele havia matado a mulher e a mãe, e o enviaram de volta para o Ceará. Depois de solto, Conselheiro se dirigiu ao interior da Bahia. Com o aumento do seu número de seguidores e a pregação de seus ideais contrários à ordem vigente, Conselheiro fundou – em 1893 – uma comunidade chamada Belo Monte, às margens do Rio Vaza-Barris.
Consolidando uma comunidade não sujeita ao mando
dos representantes do poder vigente, Canudos, nome dado à comunidade por seus
opositores, se tornou uma ameaça ao interesse dos poderosos. De um lado, a
Igreja atacava a comunidade alegando que os seguidores de Conselheiro eram
apegados à heresia e à depravação. Por outro, os políticos e senhores de terra,
com o uso dos meios de comunicação da época, diziam que Antônio Conselheiro era
monarquista e liderava um movimento que almejava derrubar o governo
republicano, instalado em 1889.
Incriminada por setores influentes e poderosos da
sociedade da época, Canudos foi alvo das tropas republicanas. Ao contrário das
expectativas do governo, a comunidade conseguiu resistir a quatro investidas
militares. Somente na última expedição, que contava com metralhadoras e
canhões, a população apta para o combate (homens e rapazes) foi massacrada. A
comunidade se reduziu a algumas centenas de mulheres, idosos e crianças.
Antonio Conselheiro, com a saúde fragilizada, morreu dias antes do último
combate. Ao encontrarem seu corpo, deceparam sua cabeça e a enviaram para que
estudassem as características do crânio de um “louco fanático”.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
3 comentários:
xenofobia é algo controverso. Geralmente se manifesta através de ações discriminatórias e ódio por indivíduos estrangeiros. Há intolerância e aversão por aqueles que vêm de outros países ou diferentes culturas, desencadeando diversas reações entre os xenófobos. ALUNAS:LETICIAE É BARBARA ANO7B
A homofobia é típica de pessoas que, consciente ou inconscientemente, ainda têm muitas dúvidas e angústias sobre sua identidade sexual. ALUNAS:BARBARA É LETICIA ANO7B
O racismo consiste em crer que certas pessoas são superiores a outras devido a pertencer a uma raça específica. Os racistas diferenciam as pessoas com base em características físicas como a cor de pele e o aspecto do cabelo.
ALUNAS:BARBARA É LETICIA ANO7B
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